terça-feira, 31 de maio de 2011

Mulher mata duas filhas e comete suicídio

A mulher e suas filhas, de 11 e 9 anos, morreram por causa da inalação de monóxido de carbono


Os corpos de uma mulher de 37 anos e de suas duas filhas em idade escolar foram encontrados pela Polícia em Fukushima, pouco antes do ano novo, num aparente caso de suicídio e assassinato.

A mulher e suas filhas, de 11 e 9 anos, morreram por causa da inalação de monóxido de carbono dentro de um carro que continha também carvão para calefação.

O pai da mulher alertou a Polícia no mesmo dia, após encontrar uma carta na qual sua mulher anunciava o suicídio.

Seu corpo, assim como os das meninas, foram encontrados nessa noite, vinte minutos antes do início de 2007, na cidade de Ishikawa (Fukushima).

A Organização Mundial da Saúde (OMS) calcula que no Japão o índice de suicídios por ano supera 24,1 casos para cada 100 mil pessoas.

Só em 2005, 32.552 pessoas se mataram no país, 0,7% a mais que em 2004.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Mata a mulher e envenena-se


Alarmado com o telefonema das vizinhas dos pais, que estranharam não ver o casal logo de manhã na Rua Doutor Bernardino Machado, o jovem, de 30 anos, correu ontem para a casa da família em Vale de Milhaços, Corroios, Seixal.
Cruzou a porta e deparou-se com um cenário chocante: viu o pai deitado no chão da casa de banho, nu e envenenado; depois, na sala, encontrou o corpo da mãe, que jazia numa poça de sangue. Tinha sido assassinada à facada pelo marido, que depois tentou suicidar-se. Está no hospital.
Apesar de o casal só ter sido encontrado pelo filho à hora de almoço – as vizinhas decidiram ligar--lhe porque as vítimas não atendiam o telefone –, o homicídio seguido de tentativa de suicídio terá ocorrido na noite anterior. Maria José, de 50 anos, que, ao que tudo indica, sofria de algumas perturbações psíquicas, foi transportada para a morgue do Hospital de Almada, enquanto Manuel, de 61, se encontra internado em estado grave no mesmo hospital, inspirando cuidados.
A vítima mortal, que tinha por hábito meter-se com os vizinhos, insultando mesmo alguns deles na pacata rua de vivendas, voltou a fazer o mesmo na noite de anteontem. O marido, pré-reformado da Portugal Telecom, estava farto destes episódios. Chegou a ir lavado em lágrimas pedir desculpa a alguns dos vizinhos.
Já no interior da casa onde o casal vivia há cerca de 20 anos, ter-se-á originado uma enorme discussão. Um vizinho diz ao CM ter ouvido gritos e bastante barulho pelas 22h00 de anteontem, desconhecendo-se, no entanto, se foi a essa hora que ocorreu o crime.
Sabe-se apenas que o homem, que os vizinhos vêem como uma pessoa bastante pacata e que "sofria muito com os problemas psíquicos da mulher", terá ido à cozinha buscar uma faca e matou a vítima com várias facadas na zona abdominal. Depois, dirigiu-se à casa de banho, não muito longe da sala, despiu-se e ingeriu veneno. Foi encontrado ainda vivo pelo filho.
"O MARIDO VEIO PEDIR DESCULPA A CHORAR"
Não há vizinho na rua do crime que não conheça uma história de desavenças entre a vítima e os moradores. Todos lhe reconheciam alguns problemas mentais, que a levavam a participar em episódios que o marido repudiava. "Não sei porquê mas ela sempre embirrou com uma vizinha. Chegava ao pé da janela dela e chamava-lhe nomes. Outras vezes, atirava água às pessoas que passavam e ria-se. O marido sofria muito com isso e nós já nem ligávamos", disse um morador. Anteontem à noite, horas antes do crime, a mulher voltou a implicar com um vizinho. O filho terá dito que a mãe precisava de ser internada e que não tomava a medicação. O marido, antes do crime, foi justificar-se. "Saiu a chorar e a pedir desculpa pelo que tinha acontecido. Depois foi para casa e aconteceu o que aconteceu. É triste."
PJ DE SETÚBAL RECOLHE PROVAS DURANTE 5 HORAS
Dada a natureza do crime, a investigação ficou entregue a uma brigada de homicídios da Polícia Judiciária de Setúbal, que esteve no local a recolher vestígios durante a tarde. Após descobrir o cadáver da mãe e o pai inanimado na casa de banho, um dos dois filhos do casal – que não moravam com eles – ligou para o 112 a pedir ajuda. A PSP deslocou-se ao local e confirmou o crime, tendo sido chamada a PJ, que esteve cerca de cinco horas na vivenda. Foram feitas várias perícias e recolhidos vestígios. Na altura em que o corpo saiu, familiares e amigos fizeram uma barreira para que não fossem captadas imagens.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Suicida-se um menor por mês em Portugal

Segundo os últimos dados do INE, relativo a 2009, mataram-se 16 adolescentes. Número real pode ser superior. Rejeição amorosa é o principal motivo.O suicídio entre jovens está a aumentar em Portugal. Em média, todos os meses, um adolescente decide pôr termo à própria vida.
Segundo os últimos dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), 16 jovens, menores de idade, suicidaram-se em 2009.
Um número que pode ser muito superior em 2010: só o Instituto de Medicina Legal (IML) confirmou, nesse ano, dez suicídios entre adolescentes em Lisboa, Porto e Coimbra.
Muitos casos, porém, nem chegam a este instituto: quando não há dúvidas em relação à causa de morte, o Ministério Público não pede autópsia.
Carlos Braz Saraiva, coordenador da Consulta de Prevenção do Suicídio dos Hospitais da Universidade de Coimbra e um dos fundadores da Sociedade Portuguesa de Suicidologia (SPS), observa que podemos estar perante «um novo padrão de suicídios consumados em Portugal».
Admitindo um aumento o número de suicídios entre adolescentes, o especialista defende, no entanto, que é cedo para dar como garantida a existência de um padrão (que apenas se confirma em longos períodos temporais).
O certo é que, só em 2009, houve quase o dobro dos suicídios registados em 2006, ano em que se suicidaram nove adolescentes. Em 2007, as autoridades contabilizaram dez vítimas e no ano seguinte 12.
Desses, a maioria são rapazes. «Tem existido um aumento de casos nos jovens do sexo masculino entre os 15 e os 24 anos», confirma Pedro Frazão, psicólogo, psicoterapeuta e terapeuta familiar.
Uma realidade que se deve, em parte, ao facto de «os métodos escolhidos pelos homens para por fim à vida serem mais letais».
Admitindo que os últimos dados são alarmantes, Pedro Frazão sublinha, porém, que na adolescência e início da idade adulta, o mais frequente «são as tentativas de suicídio, os gestos parasuicidários e a ideação suicida».
Realidade que não é retratada nas estatísticas, que excluem as tentativas de suicídio e os parasuicídios (tentativas de comunicar a dor sem a intenção real de morrer).
Lidar mal com rupturas
Os dados de um estudo da Consulta de Prevenção do Suicídio, de Coimbra, são, de resto, reveladores em relação às tentativas de suicídio ou ao parasuicídio: das mil pessoas que procuraram ajuda para prevenir o suicídio, metade têm menos de 24 anos.
Desses, 80% são mulheres, com uma idade média de 19 anos, de classes baixas e que revelam problemas no plano dos afectos ou reprovações. Segundo Braz Saraiva, «as mulheres são mais susceptíveis no que se refere aos assuntos afectivos».
Carlos Braz Saraiva revela que entre os «aspectos mais chocantes» que ouve nas consultas de prevenção do suicídio estão «referências a maus tratos (físicos, psicológicos, sexuais) e histórias de vida interpretadas como de rejeição continuada ao longo dos anos».
O mesmo diz Pedro Frazão, garantindo que os problemas «surgem muitas vezes na sequência de conflitos familiares ou de rupturas afectivas». Além disso, há ainda que ter em conta os aspectos genéticos ou a existência de uma depressão.
Os especialistas defendem novas medidas para um plano de prevenção do suicídio que, apesar de ainda continuar a ser cometido, sobretudo, por homens acima dos 50 anos, está a atingir mais jovens.
Segundo os dados do IML, das 10 autópsias feitas em 2010 a menores que se suicidaram, quatro foram em Lisboa, três no Porto e três em Coimbra. A vítima mais nova tinha 13 anos: era uma rapariga e enforcou-se. A maioria tinha entre 16 e 18 anos. Entre estes estavam dois rapazes de 17 anos que se envenenaram, em Coimbra.
Os métodos usados foram vários, desde intoxicações ao uso de armas de fogo, passando por quedas. Nos arquivos do IML consta mesmo um caso parecido com o de Jennifer Viturino. Em 2009, foi feita uma autópsia a uma jovem também de 17 anos que se atirou de um prédio.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Actriz morre ao cair de janela por onde o noivo se suicidou em Janeiro

 

A actriz e escritora brasileira Cibele Dorsa, de 36 anos, morreu durante a madrugada deste sábado em São Paulo, Brasil, ao cair da janela do seu apartamento, no sétimo andar de um edifício no luxuoso bairro do Morumbi. Foi por essa mesma janela que há menos de dois meses, no dia 30 de Janeiro, o seu noivo, Gilberto Scarpa, cometeu suicídio, atirando-se depois de uma discussão com a actriz.

 

A polícia paulista ainda não estabeleceu uma linha de investigação, não deixando de lado nenhuma possibilidade, de homicídio a acidente ou suicídio. Mas esta última hipótese parece ganhar força quando se lê a mensagem que Cibele postou no seu Twitter nesta madrugada, momentos antes de morrer.
"Lmento, eu não consegui suportar a morte nos meus braços, mas lurei… Até onde eu pude", escreveu Cibele, no que parece ter sido uma despedida. Os erros de digitação da curta mensagem também parecem indiciar que a actriz estava emocionalmente afectada naquele momento, pouco antes de o seu corpo ter sido encontrado lá em baixo.
Cibele nunca se recuperou da morte de Gilberto, um apresentador de televisão num canal pago que tinha 27 anos e com quem vivia um grande amor. Ele usou a mesma janela para pôr cobro à vida no meio de uma desavença entre eles, e Cibele ficou profundamente abalada. 
"O meu noivo suicidou-se esta noite. Com ele morto, eu me sinto morta", escreveu Cibele no seu Twitter nesse dia, para depois já evidenciar uma certa propensão a suicidar-se também:“Prefiro ir com ele. A minha força não faz mais sentido, quero ir encontrá-lo.”
Apesar de ter tentado reagir dedicando-se afincadamente ao trabalho para, como ela declarou a uma revista de televisão, não ter tempo para pensar no assunto, a morte trágica do noivo não parou de perturbá-la. Principalmente quando, à noite, chegava ao apartamento onde ambos viveram a sua história de amor, altura em que, segundo ela, o espírito de Gilberto lhe aparecia nos sonhos.
“Sempre sonho com o Gilberto. Não sei se são sonhos ou encontros espirituais, já que sou espírita", Declarou Cibele, para depois detalhar:“Ele sempre aparece pedindo perdão, fala que queria ter sido forte, e que acabou jogando fora o nosso para sempre, para um nunca mais. Eu comecei a ter  esses encontros uma semana depois da morte dele.”
Em 2008, Cibele Dorsa já tinha sofrido um outro choque emocional muito forte. Ela teve um acidente muito grave na Avenida Cidade Jardim, também em São Paulo, no qual morreu um grande amigo que estava com ela no carro.
A malograda actriz deixa dois filhos, Viviane, do seu casamento com o famoso cavaleiro e milionário Álvaro Afonso de Miranda Neto, o Doda, e Fernando, do seu casamento com o empresário Fernando Oliva.

terça-feira, 29 de março de 2011

.Professor suicida-se por não aguentar alunos Docente era vítima de bullying na escola onde leccionava. Ministério da Educação abre inquérito urgente

Professor suicida-se por não aguentar alunos
Luís, professor de música, escolheu o silêncio no dia 9 de Fevereiro. Parou o carro na Ponte 25 de Abril e atirou-se ao Tejo. Atirou a vida e acabou, dessa maneira, com os problemas que o atormentavam. Luís pôs fim à vida porque era vítima de bullying na escola onde leccionava, a EB2,3 de Fitares, em Sintra.
«Se o meu destino é sofrer dando aulas a alunos que não me respeitam e que me põem fora de mim, a única solução é o suicídio». Esta frase só foi encontrada no computador de Luís depois da morte. Tarde de mais. Mas os sinais do desespero estavam lá. Colegas e família reconhecem que ele era uma pessoa reservada e frágil. A história de Luís chocou a comunidade docente que fez circular a notícia por e-mail.
DREL: professor tinha «fragilidade psicológica»
O dirigente da FENPROF, Manuel Grilo, conhecia o professor, que fez parte de uma comissão de professores contratados há alguns anos e conta ao tvi24.pt que o docente era uma pessoa «estimada».
Paulo Guinote, professor, autor do blogue «A Educação do meu Umbigo», não fala sobre o caso concreto, mas lamenta que não seja dada a devida importância a estes casos. Acham «que os adultos resistem melhor, mas não é bem assim. Bullying psicológico «é muito habitual em algumas escolas da grande Lisboa».
Alunos dizem que não fizeram «nada de mal»
No caso de Luís, as agressões eram tanto físicas como psicológicas. Chamavam-lhe «cão», «careca» e davam-lhe «calduços» quando se dirigia para as salas de aula. O professor queixou-se, pelo menos sete vezes à Direcção da escola. O Jornal «I» teve acesso a uma dessas participações feitas pelo professor de música. Nela pode ler-se que marcou falta disciplinar a um aluno e que propunha que fossem aplicadas «medidas sancionatórias». O sindicato não comenta, mas está em crer que «a escola terá feito o possível no quadro que o Ministério da Educação permite».
Manuel Grilo pergunta-se se a notícia do suicídio do professor Luís «não fará mais mal do que bem», embora entenda que os professores não se devem calar e que os casos de violência devem ser denunciados e lamenta que o Ministério da Educação não tenha ainda posto em prática o conjunto de medidas proposto pelo sindicato.
Ministério da Educação abre inquérito
O Ministério da Educação lamenta a morte do professor e já ordenou à DREL a abertura do inquérito para apurar o que é que aconteceu na escola EB 2.3 de Fitares. Mas, segundo fonte do Ministério, em declarações a tvi24.pt não se devem fazer já associações entre a violência dos alunos e a morte do professor. Deve-se esperar pelo resultado do inquérito.
Ainda ontem, a Ministra da Educação, Isabel Alçada, anunciou que está a ser preparado um diploma que pretende o reforço dos poderes dos directores das escolas para que alunos agressores possam ser suspensos imediatamente.
Dados de 2008 informa que houve um aumento dos casos de agressões a professores, em comparação com o ano lectivo anterior. De 185 subiu para 206 casos.
Docentes pedem mais apoio
Sem «dramatizações», mas «olhando de frente» o problema, Paulo Guinote vai mais longe. O Ministério deve «dar todo o apoio para que as escolas criem gabinetes de apoio para alunos, professores e funcionários». Faltam técnicos especializados para tratar destas situações. Situações nem sempre fáceis de sinalizar porque, na maioria dos casos, os professores procuram apoio psicológico fora das escolas e «encobrem» o problema.
A FENPROF disponibiliza aos professores associados serviços médicos «onde a psiquiatria é das mais solicitadas», afirma Manuel Grilo

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Citação de Cesare Pavese

“Em geral, quem não sabe dar um sentido à própria vida dispõe-se por profissão a sacrificar-se.” Cesare Pavese

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Suicídio cresce no Brasil

Aumenta o número de brasileiros, sobretudo jovens, que tiram a própria vida. No Brasil, nos últimos anos, as mortes por suicídio de pessoas entre 15 e 24 anos cresceram 1.900%

Temos um problema sério pela frente: no Brasil, em 20 anos, o número de mortes por suicídio cresceu 1.900% na faixa etária de 15 a 24 anos. Com tal incidência, representa a terceira principal causa de morte de pessoas em plena vida produtiva. As conseqüências atingem também a família. Pesquisas mostram que cada morte afeta - profundamente e por tempo prolongado - pelo menos cinco pessoas.

As estatísticas revelam a extensão de um problema que merece a nossa reflexão. Nos últimos 40 anos, as taxas de mortalidade mundial por suicídio subiram cerca de 60%. Nada menos do que um milhão de pessoas morrem por ano por essa causa - uma morte a cada 40 segundos, praticamente todas elas em conseqüência de depressão ou de algum transtorno mental.

Estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS) sinalizam que haverá mais de 1,5 milhão de vidas perdidas por esse motivo em 2020, representando 2,4% de todas as mortes. A OMS também registrou que permanece a tendência de crescimento das mortes entre os jovens, especialmente nos países em desenvolvimento.



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